Almir Nahas

A TERAPIA SISTÊMICA INDIVIDUAL

A TERAPIA SISTÊMICA INDIVIDUAL

Por Almir J. Nahas ( *)

O mundo das terapias holísticas passa por modismos. Atualmente, muitos falam de Constelações Familiares. A modalidade mais conhecida é a das vivencia em grupo. Primeiro, vale comentar. Cuidado com os modismos e a empolgação. Existem, como em todas as profissões, profissionais séries e
comprometidos, mas nem todos são assim.  Ao tratar de assuntos que normalmente são de grande relevância pessoal, esteja contando com um profissional ético e com formação consistente. E existe muita gente séria trabalhando com Constelações.

Sobre os modelos de trabalho com Constelações, vale dizer que os grupos são apenas o jeito mais conhecido pela maioria das pessoas, e é mesmo intrigante ver como pessoas desconhecidas conseguem retratar tão precisamente as dinâmicas familiares que apenas nós mesmos conhecemos.
Porém existe uma alternativa que é o atendimento individual, chamado de Constelações Individuais ou Terapia Sistêmica Individual, entre outras denominações. Os mesmos princípios, as mesmas bases das Constelações em grupo, porém aplicadas de maneira um pouco diferente. Trabalhando com bonecos
ou “âncoras de solo”, ou com “constelações de imaginação”, apenas com a presença do cliente e do facilitador, efeitos tão profundos e transformadores podem ser observados. Pessoas muito tímidas, assuntos mais reservados, entre outros motivos, podem levar a recorrer a uma sessão de constelação individual ao invés de um grupo. E os resultados podem ser tão surpreendentes e transformadores
quanto os verificados com as constelações em grupo.

A principal diferença entre os dois modelos é que, normalmente, no atendimento individual é preciso usar um tempo maior para conversar sobre a questão, com o objetivo de se chegar ao ponto específico a ser trabalhado. Num grupo, a entrevista inicial normalmente é bem curta, quase não necessitamos de muitas informações, o que a princípio pode causar estranheza para quem está familiarizado com terapias convencionais.

No atendimento individual, porém, a entrevista pode ser mais longa, e normalmente é. Mesmo sem colocar muita atenção nos problemas e nas longas histórias cheias de detalhes, buscamos, na narrativa dos clientes, um caminho para o que pode ser, para o cliente, uma boa solução.

Nas Constelações não temos o compromisso de resolver os problemas dos clientes. Em contato com o contexto, buscamos pelos movimentos que podem trazer ao cliente um novo olhar para suas questões e dificuldades. Ao mudar o olhar, o cliente se abre para um caminho que, se percorrido, trará uma solução: a Paz, o Êxito, o Novo.

(*) Almir J. Nahas é profissional de comunicação, pesquisador e consultor
sistêmico, terapeuta e instrutor.

Rolar para cima