O novo sempre vem, trazendo soluções
Por Almir J. Nahas(*)
É preciso estar constantemente se preparando para o novo, pois ele sempre vem. De início não o percebemos, não conseguimos identificar como nem de onde, mas ele vem. Começa se misturando ao velho, ao já estabelecido e aceito, como uma névoa quase imperceptível, ou às vezes incomodando o conservadorismo como um mosquitinho que insiste em rondar a mesa. Até que ganhe cada vez mais presença e consistência, cresça e apareça. Ao tornar-se explícito, o Novo é percebido, por muitos, como uma “novidade”, algo que surgiu do nada. Porém, aos olhares atentos e intuições mais aguçadas, o novo é visto como um movimento contínuo. Quando se instala e toma conta do presente, o novo já começou, na verdade, a ficar velho. E aos espíritos mais perceptivos e criativos, é possível notar uma bruma se formando ao longe, que aos poucos se aproxima. E lá vem o Novo de novo, trazendo respostas e soluções, mostrando um caminho para sair dos becos sem saída em que o velho se coloca.
Em tempos de incerteza, de polarizações, em que muita energia pessoal fica presa nos problemas e na aparente falta de saída, em que o cenário parece dominado por zumbis assustadores, que insistem em não aceitar que estão mortos e precisam ficar no passado, mesmo assim, há algo de Novo, que olha para a solução. E a criatividade, a solução, o que pode nos permitir avançar para além de velhos problemas, não é uma explosão, um novo big bang, é um processo, desencadeado por quem está disposto a treinar a olhar a realidade com um novo olhar. Também não se trata de negar o passado, pois ele guarda muitos valores essenciais e estruturantes, que podem e devem se manter sempre vivos, por mais que as circunstâncias mudem.
É possível treinar o olhar para o novo, a solução, sem necessariamente negar o passado, pois foi ele que nos trouxe até o hoje. E como quer que tenha sido, sempre temos muito o que agradecer e reverenciar quando olhamos para trás. Não é produtivo, porém, viver tentando andar para a frente olhando para trás. Além do que, não é natural. Tente olhar para trás enquanto estiver caminhando. Vai doer o pescoço e haverá riscos de acidentes. O olhar fixo no passado nos faz instintivamente parar de avançar, e literalmente começar a morrer.
O olhar natural para quem encara a vida com vontade de viver é para a frente, para o mundo que avança. Mesmo com incertezas, o movimento da vida quer avançar. Uma das formas mais efetivas e empoderadoras que conheço para treinar o olhar
para o novo, para a solução, e libertar-se dos grilhões dos problemas recorrentes, dos padrões indesejáveis e do medo paralisante e depressivo são as Constelações Sistêmicas, ou Constelações Familiares, aplicáveis também às questões profissionais, ao mundo empresarial e organizacional.
Em maio iniciaremos duas turmas de formação em Constelações, em São Paulo e Campinas. Uma jornada transformadora, voltada ao autoconhecimento, à cura e ao encontro das forças capazes de colocar à serviço da vida as melhores potencialidades do ser humano.