Almir Nahas

O que você tem a ganhar conhecendo as Constelações Familiares?

Há mais ou menos 15 anos, quando comecei a ter contato com as Constelações Familiares, era praticamente uma novidade. Embora já tivessem chegado ao Brasil as ideias de Bert Hellinger, era ainda uma novidade.

Hoje o panorama é outro. Vivemos praticamente uma onda perigosa de modismo. É bem mais raro encontrar alguém que nunca ouviu falar, e é muito frequente encontrar pessoas que tiveram já uma ou mais experiências, más ou boas, com constelações, e já trazem alguns conceitos, muitos deles congruentes com as ideias originais de Hellinger, mas muito frequentemente também um pouco taxativos, às vezes superficiais, às vezes misturados com ideias de outros pensadores e estudiosos da natureza humana. Por mim tudo bem, penso que a busca pelo conhecimento não terminará nunca, e todos os pensamentos e abordagens podem ter suas vantagens e trazer benefícios. Desde que não sejam levianos e simplistas, muito menos oportunistas. Pois todos os modismos trazem olhares oportunistas que, estes sim, podem prestar desserviços tanto às pessoas que estão buscando respostas para suas questões emocionais, quanto para os profissionais alinhados com a seriedade e profundidade da proposta de Hellinger e seus seguidores, que são muitos e muito bons terapeutas.

Por isso este breve artigo, baseado em meus estudos e minhas experiências como facilitador e instrutor de Constelações. Se você venceu estas primeiras linhas, pode ver agora algumas das razões mais frequentes e que tem apresentado excelentes resultados práticos, promovendo mudanças significativas e apontando caminhos de solução.

Viver é relacionar-se e estabelecer vínculos. Na família de origem, na família adotada, na família constituída, no trabalho, na profissão, na relação com o dinheiro, na religião, no voluntariado, onde quer que você ande, você estabelece relações e cria vínculos. Quem tem dificuldades em alguma área de sua vida, dilemas existenciais, dores emocionais, padrões e crenças limitantes e busca sair de uma determinada condição, pode ter nas Constelações uma porta que pode indicar os passos a dar para uma solução consistente e definitiva.

Seria leviano afirmar que é possível garantir que sua questão específica encontrará uma resposta e uma perspectiva de mudança com a Constelação. Mas nestes anos de trabalho, a coleção de casos de sucesso tornou-se muito grande.

São inúmeros depoimentos, alguns revelando mudanças muito rápidas, outros uma jornada gradativa e segura, outros ainda que passaram meses para perceber que o efeito de uma única constelação estava acontecendo com fluidez e naturalidade, sem o esforço que antes parecia imenso, para ter êxito.
Constelação não é uma ciência exata, mas tem um grande potencial de precisão, de agudez em sua abordagem. Diferente de outros recursos terapêuticos, a Constelação busca ir direto ao ponto, na profundidade que pode mobilizar a solução. Por tratar do essencial, do simples que está guardado em todas as relações que geram vínculos, as Constelações não precisam que a pessoa conte toda a sua história, mas que seja o mais objetiva possível para explicar o que ela precisa resolver hoje, aqui e agora. Quanto mais o cliente traz uma questão legítima e pontual, maiores as chances de êxito na Constelação.

Hoje temos em nossas turmas de formação pessoas que não trazem mais questões específicas. Por já conhecerem o método, recorrem à formação como
uma jornada de auto conhecimento. Ao fazerem uma formação, acabam promovendo uma profunda transformação pessoal. E adquirem habilidades suficientes para, se assim quiserem, tornar-se também consteladores, ou facilitadores de Constelação. O mais rico, na visão de ampla maioria de ex-alunos, é a mudança de olhar que a Constelação proporciona. Ao absorver o olhar sistêmico para a vida, a pessoa lida com os familiares e colegas de outra maneira, mais ampla, profunda e pacífica. E consegue, com isso, resultados melhores em suas relações cotidianas.

(*) Almir J. Nahas é jornalista, pesquisador, palestrante, facilitador e instrutor de Constelações Sistêmicas Familiares.

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